quinta-feira, agosto 19, 2004

Original Soundtrack

"But don't forget the songs that made you cry and the songs that saved your life" the Smiths, Rubber Ring

Dei de caras com esta frase algures por aí… e pus-me a pensar no significado. Nas músicas que me fizerem efectivamente chorar e nas outras (ou nas mesmas…) que me salvaram a vida ou lhe deram sal. Peguei num papel, a lista começou a ganhar forma… num instante, já estava enorme. A vida é música… a minha vida é música e tem uma banda sonora. Basta pensar um bocadinho, escolher bem aquelas que nos transportam para lugares, nos transportam para pessoas… aquelas que nos fizeram correr para casa para colocar aquele cd no leitor, aquelas que nos provocam pele de galinha e um calorzinho no coração.

Aqui estão algumas (todas seria fastidioso…), por nenhuma ordem especial, apenas porque me ajudaram a crescer e porque muitas delas me lembram vocês ou os tempos que passámos juntos: Pearl Jam – Black, REM – Strange Currencies, Lamb – Gorecki, Portishead – Roads, dEUS – Suds & Soda, U2 – Walk On, Tindersticks – Tiny Tears, The Beta Band – Dry The Rain, Elliot Smith – Say Yes, Ben Harper – Diamonds On The Inside, Aimee Mann – Deathly, Sigur Rós – Untitled #8, Sade – By Your Side, Pixies – Hey, Blind Melon – No Rain, Elis Regina & Tom Jobim – Águas de Março, Yo La Tengo – Our Way To Fall, The Wallflowers – Josephine, Paradise Motel – Drive, Spiritualized – Don’t Just Do Something, Damien Rice – The Blowers’ Daughter, Tori Amos – Winter, Zita Swoon – Disco, Mafalda Veiga – Cada Lugar Teu, Madredeus – Haja O Que Houver, Joni Mitchell – River, Jeff Buckley – Last Goodbye, The Beatles – Blackbird, White Stripes – Seven Nation Army, Jorge Palma – Dá-me Lume, Rufus Wainwright - One Man Guy, Yann Tiersen – La Valse d’Amélie, Roisin Murphy – The Truth, Carlos Paredes – Acção… e isto poderia nunca mais acabar.

Espaço ainda para o que nos está ligado directamente ao coração… Doce – Amanhã de Manhã, Nonstop – Ao Limite Eu Vou, a música do Dartacão, os famosos Mob/Máfia Hits, All Saints – Never Ever e uma determinada noite ao som – imagine-se – de Mónica Sintra... the shame. E para mim e para o GGBoss, claro que a Marcha do Sporting tinha que ser incluída…

Acabo com um excerto magnífico de um livro magnífico que põe a nu a relação de todos nós com a música: “What came first, the music or the misery? People worry about kids playing with guns, or watching violent videos, that some sort of culture of violence will take them over. Nobody worries about kids listening to thousands, literally thousands of songs about heartbreak, rejection, pain, misery and loss. Did I listen to pop music because I was miserable? Or was I miserable because I listened to pop music?Nick Hornby, High Fidelity