sexta-feira, setembro 17, 2004

(Auto) Estrada 8



Sou cliente assíduo da A8 (como devem imaginar...), concessionada à empresa Autoestradas do Atlântico e posso assegurar-vos que se tivesse a oportunidade de conversar um bocadinho com o seu presidente, dir-lhe-ia das boas...

Começa por ter um piso horrível que, digam o que disserem, não é concerteza alcatrão. A mim parece-me mais restos de betão que sobraram de outras obras. Esse mesmo betão está disposto em lajes unidas entre si, o que proporciona uma viagem maravilhosa parecida com o tempo das carroças.

Depois, em vez de fazerem um túnel aqui ou ali, optaram por subidas que se assemelham ao Trilho dos Andes e descidas vertiginosas que envergonham o IP5. Obviamente que o meu bólide sofre bastante com as mudanças de temperatura e o ar rarefeito no topo das subidas...

Optaram ainda por um magnífico plano em que há sempre dezenas de quilómetros percorridos com supressão de uma das faixas de rodagem por obras, o que transforma a designação de Autoestrada numa piada de mau gosto. Mas essas obras nunca têm qualquer resultado visível. E depois de tudo isto têm a lata de cobrar €3.85 por cerca de 65 Km, mais €2 em relação a igual distância na A1, autoestrada do Norte.

Uma grande peça de louça das Caldas para eles...

P.S. - Já para não falar na importância que atribuem a Caldas da Rainha, que é perto de zero. Nunca aparece quantos kms faltam para lá chegar, nem nunca são vistas indicações para aquela cidade, ao contrário de terras como Peniche ou Óbidos. Não sou caldense mas é como se fosse...